sexta-feira, 29 de abril de 2011

O fisioterapeuta intensivista

A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) caracteriza-se como um local para o adequado tratamento dos indivíduos que possuem um distúrbio clínico importante. Neste local existe um sistema de monitorização contínua que permite o rápido tratamento para os pacientes graves ou que apresentam uma descompensação de um ou mais sistemas orgânicos. A equipe que atua e presta atendimento neste local é multiprofissional, e é constituída por: médicos, enfermeiros, fisioterapeutas cardiorrespiratórios, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais (Assobrafir, 2008).

O fisioterapeuta intensivista deve ter uma visão geral do seu paciente, uma vez que atua de maneira ampla, tendo ênfase no funcionamento do sistema respiratório otimizando a função ventilatória. A harmonia anatõmica e funcional das estruturas ventilatórias é fundamenal para seu funcionamento e é de vital importãncia para o paciente. Toda a secreção deve ser removida, na medida do possível, e o fisioterapeuta dispõe de várias técnicas para facilitar a mobilização de secreções. Além disso, a fisioterapia auxilia na manutenção das funções vitais de diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de possíveis complicações clínicas. O fisioterapeuta também possui papel importante na prevenção de úlceras de pressão (escaras), na preservação da força muscular, na prevenção de contraturas e deformidades estruturais, para isso faz uso de várias técnicas específicas ao paciente crítico.

Nas últimas décadas as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) têm se tornado uma concentração não somente de pacientes críticos e de tecnologia avançada, mas também de uma equipe multiprofissional experiente com competências específicas. A inserção do fisioterapeuta em UTI começou no final da década de 70 e sua afirmação como membro integrante da equipe de assistência intensiva tem sido progressiva. O profissional fisioterapeuta, como membro integrante desta equipe, necessita cada vez mais de aprimoramento e educação especializada para fazer frente ao avanço dos cuidados intensivos e, sem dúvida, formam uma importante parte da equipe da UTI.

Segundo a Assobrafir, a presença do especialista em fisioterapia cardiorrespiratória é uma das recomendações básicas de todas as UTIs. O trabalho intensivo dos fisioterapeutas diminui o risco de complicações do quadro respiratório, reduz o sofrimento dos pacientes e permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. A atuação profissional também diminuiu os riscos de infecção hospitalar e das vias respiratórias, proporcionando uma economia nos recursos financeiros que seriam usados na compra de antibióticos e outros medicamentos de alto custo. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTIs implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde num geral.

Trabalhei dois anos na área intensivista e é muito gratificante o trabalho junto a esses pacientes. A integração e o bom relacionamento da equipe de profissionais dentro das UTI´s tem efeito positivo no prognóstico dos nossos pacientes. Minha maior realização era participar de forma ativa no processo de desmame dos pacientes, tão ativa que nossa equipe de fisioterapia elaborou o protocolo de desmame do local. Dotado de amplo conhecimento na área, domínio das condutas fisioterapêuticas intensivistas e de uma participação ativa e efetiva junto a equipe de multiprofissionais das UTI´s o fisioterapeuta contribui, e muito para a diminuição dos riscos, complicações e infecções hospitalares, possibilita a redução do sofrimento dos pacientes e, consequentemente, permite a liberação mais rápida e segura das vagas dos leitos hospitalares. Diante disso, a atuação do fisioterapeuta especialista nas UTI implica em benefícios principalmente para os pacientes, mas também para o custo com a saúde em geral.



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