domingo, 26 de agosto de 2012

Coluna


Uma grande parcela da população nos dias de hoje, convive com dores nas costas. A Organização Mundial de Saúde estima que aproximadamente 80% dos adultos sofrerão pelo menos uma crise aguda durante sua vida, e que 90% dessas pessoas apresentarão mais de um episódio.

É comum ouvir as pessoas dizendo que sua coluna está travada, ou seja, existem limitações para abaixar e pegar algum objeto, dificul



dade para subir escadas, sentar-se, entre outras atividades corriqueiras do dia a dia. É até óbvio dizer que esse cenário é resultante de má postura, sedentarismo, posições incorretas no ambiente de trabalho, durante os afazeres domésticos, execução errada de exercícios, obesidade, osteoporose entre outros fatores agressivos.

Mas, isto também pode ser atribuído ao fato de nossa evolução ter virado involução. O ser humano regrediu e sofre diretamente a consequências dessas mudanças de postura, literalmente falando. Nosso corpo foi concebido para se movimentar e não ficar parado ao longo do dia no escritório, passando horas à frente ao computador e televisão, na maioria das vezes de uma forma completamente errada. O ativo Homo sapiens, que tradicionalmente precisava movimentar-se para sustentar e até mesmo justificar sua existência, transformou-se no Homo sentadus, espécie que faz do telefone, controle remoto ou computador seu principal instrumento de sobrevivência, inclusive para pedir comida.

Filosofias a parte. A dor nas costas existe e precisa ser conhecida para ser evitada e combatida. Existem dois tipos de estágios diferentes de dores nas costas: a aguda e a crônica. A dor denominada aguda é aquela que surge repentinamente e tem sua duração limitada, geralmente tem função alertar o indivíduo da existência de alguma lesão ou disfunção geral no organismo, podendo ser um sinal de lesão na pele, nos músculos, nas vísceras ou no sistema nervoso central. Quando ela ocorre são liberadas substâncias que ativam os nervos periféricos e centrais para conduzirem o estímulo até a medula espinhal, onde a sensação dolorosa é modulada, e de lá para o cérebro a fim de avisá-lo que, em determinado ponto, existe um problema, levando a pessoa a adotar comportamentos com o intuito de afastar ou eliminar a causa da dor.

Já a dor crônica pode ter duração mais prolongada, até três meses. Dentre suas causas mais comuns encontramos as lesões traumáticas (contusões musculares), cólicas intestinais, a dismenorréia (cólicas menstruais), algumas cefaléias e as dores pós-operatórias ou relacionadas a infecções bacterianas (abscessos e furúnculos, otites, faringites, etc.).

Embora estejamos falando de um sintoma e não de uma doença, é preciso procurar um tratamento correto na primeira incidência. Afinal, uma simples dor nas costas pode evoluir para uma hérnia de disco. O tratamento varia de acordo com a causa da dor e, normalmente, envolve vários profissionais como médicos, fisioterapeutas e psicólogos.


O que faz um Fisioterapeuta na Emergência?



Esse é um questionamento cada vez menos incomum dos outros profissionais quando um fisioterapeuta adentra a uma sala de emergência.

Isso porque, no decorrer dos últimos 10 anos a inserção do fisioterapeuta nas unidades de emergência e urgência vem crescendo, ainda que de maneira modesta, mas ganhando um espaço que tende a crescer cada vez mais.


O mais importante no atendimento de um paciente que chega à emergência é a anamnese; sendo cada profissional, sendo ele enfermeiro, médico e fisioterapeuta, treinado a buscar dentro da sua área de conhecimento, os principais fatores que podem através de uma acurada análise diminuir os impactos do fator que propiciou a vinda do paciente ao serviço de emergência através da avaliação rápida e tratamento adequado.

Um exemplo seria um paciente que dá entrada ao serviço de emergência com crise convulsiva, o médico irá avaliar o quadro e prescrever a medicação necessária, o enfermeiro orienta sua equipe a procurar e realizar um acesso venoso e administração das medicações e o fisioterapeuta pode posicionar o paciente para prevenir a broncoaspiração, avalia a saturação periférica, verifica a necessidade de oxigênioterapia, caso haja necessidade escolhe a melhor maneira de ofertá-lo. Lembrando que essa é a primeira avaliação e atendimento, em um próximo momento haverá uma reavaliação e uma nova estratégia de tratamento da causa de toda a equipe novamente.

O processo de reavaliação-tratamento é dinâmico, essa característica é o que diferencia e muito o atendimento no serviço de emergência. Desconhecimento da causa e trabalhar sem o auxilio de exames em um primeiro momento, faz com que o profissional fisioterapeuta se torne um excelente avaliador de sinais e sintomas. É bastante comum na área ouvirmos: “Parece que esse paciente vai parar” ou simplesmente olhar um paciente que entra pela porta a dentro e apenas de olhar podermos falar “Esse paciente está parado”.

O mais importante do atendimento do fisioterapeuta na sala de emergência é tentar amenizar o quadro crítico e intensificar o atendimento fisioterapêutico já na sala de choque. Por exemplo, um paciente em LPA não deve aguardar estar em um setor de terapia intensiva para iniciar uma ventilação mecânica com estratégia protetora, ou um paciente séptico que evolua para SDRA deve iniciar o recrutamento alveolar já na sala de choque.

Essa é uma realidade dos hospitais públicos do Brasil, a necessidade de leitos de UTI, por esse motivo, muitos pacientes “evoluem” em piora do quadro ainda no serviço de emergência. Além disso, nos serviços privados existe com grande freqüência a necessidade do fisioterapeuta, que se desloca de outro setor, para a realização do atendimento de emergência no Pronto-socorro. Enquanto isso ocorrer o paciente estará privado de um verdadeiro atendimento fisioterapeutico, pois o mesmo requer avaliação, estratégia de tratamento e o tratamento em si.

Temos muito a contribuir na sala de emergência e urgência, basta nós mesmos nos prepararmos para isso, através da busca do conhecimento das particularidades dessa apaixonante área e reconhecermos em nós mesmos a capacidade de agregar nosso trabalho ao dos outros profissionais.

Profa. Ms. Viviani Lara

Verdades e mitos sobre a coluna vertebral


1º Praticar natação ajuda a corrigir escoliose?
Mito. A natação, por ser uma atividade simétrica, não pode colaborar na correção da curva escoliótica. Este exercício, além de trabalhar o fortalecimento muscular, promove o alongamento de forma equilibrada utilizando os dois lados com a mesma intensidade. Ao contrário do tratamento, que muitas vezes visa corrigir a escoliose com distribuições diferentes em cada lado da coluna, para equilibrar a cadeia cinética posterior. Além disso, algumas modalidades da natação, como borboleta e nado peito, podem prejudicar a coluna, gerando sobrecarga excessiva sobre a região.

2º Cruzar as pernas pode prejudicar a coluna?
Verdade. Claro que o hábito de cruzar as pernas, para as mulheres, é uma posição confortável, além de elegante, porém, é preciso ficar atento para não abusar deste hábito e prejudicar a saúde. Ao cruzar as pernas, a coluna vertebral se desvia para a esquerda ou para a direita, devido o desequilíbrio da região pélvica. Outro problema que pode ser ocasionado por este costume, além de prejudicar o fluxo sanguíneo, é a escoliose (desvio da coluna vertebral no plano frontal).

3º Dormir no chão – ou num colchão duro – é bom para as costas?
Mito. A rigidez poderá agravar, ainda mais, a contratura muscular. Durante uma provável crise de dor nas costas, a pessoa deve repousar em seu próprio colchão, podendo deitar-se de lado, com um travesseiro entre as pernas.

4º Cirurgia é a única saída para acabar com a hérnia de disco?
Mito. Hérnias de disco representam uma causa comum de dor nas costas. Mas não é a única. Ao identificar uma hérnia de disco, o médico, ortopedista ou neurocirurgião, deve estar atento para outros problemas na coluna que podem acompanhar essa condição. Desta forma, pesa na decisão do médico a associação com outras alterações e como elas se traduzem clinicamente. Além disso, a decisão deve ser baseada mais no prejuízo que a doença traz para o paciente em termos de perda de horas de trabalho e lazer, limitações físicas para as atividades do dia-a-dia e perda na qualidade de vida e menos no resultado dos exames de imagem. Diversos tratamentos podem aliviar o problema, entretanto, é sempre recomendável procurar um especialista antes de tomar qualquer decisão.

5º Todos que sofrem de dor nas costas devem realizar uma ressonância magnética?
Mito. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 80% das pessoas sofrem ou sofrerão de dor nas costas pelo menos uma vez na vida. Entretanto, o primeiro passo para combater este mal é procurar um especialista e descobrir as causas para solucionar de vez este problema.

6º Estalar o pescoço com o movimento da cabeça faz mal à coluna?
Verdade. Apesar de esse hábito propiciar alívio para alguns nunca se deve fazer isso. Estalar a coluna e o pescoço prejudica – e muito – suas articulações, além de causar, em alguns casos, dores de cabeça, zumbidos e vertigens.

7º Fumantes têm mais dores nas costas do que não fumantes?
Verdade. O cigarro, não faz bem a nenhuma parte do corpo humano, e em relação às costas, não poderia ser diferente. Os fumantes inalam mais substâncias tóxicas, sendo assim, prejudicam a circulação sanguínea no disco intervertebral, que pode causar mais dores na região.







domingo, 22 de julho de 2012

Câimbras








Câimbra, ou cãibra, é um espasmo ou contração involuntária dos músculos, normalmente muito dolorosa, que pode durar de alguns segundos até vários minutos. A câimbra pode atingir um ou mais músculos de uma vez.

Qualquer músculo de controle voluntário pode apresentar essas contrações. Os mais comuns são:

- Panturrilhas ou gemelares (batata da perna).
- Músculos anteriores e posteriores da coxa.
- Pés.
- Mãos.
- Pescoço.
- Abdômen.

Causas das câimbras 

Acredita-se que a causa básica da câimbra seja uma hiperexcitação dos nervos que estimulam os músculos. Esta normalmente é causada por:

- Atividade física vigorosa (câimbra pode ocorrer durante ou após o esforço físico).
- Desidratação (importante causa em idosos e em quem usa diuréticos).
- Alterações hidreletrolíticas, principalmente depleção de cálcio e magnésio.
- Gravidez (normalmente a câimbra é secundária a níveis baixos de magnésio).
- Fratura óssea (como autoproteção, os músculos ao redor da lesão se contraem involuntariamente).
- Alterações metabólicas como diabetes, hipotiroidismo, alcoolismo e hipoglicemia.
- Doenças neurológicas co0m Parkinson, doenças do neurônio motor ou doenças primárias dos músculos (miopatias).
- Insuficiência venosa e varizes nas pernas 
- Longos períodos de inatividade (ficar sentado em posição inadequada, por exemplo).
- Alterações estruturais, como pé chato e o genu recurvatum (hiperextensão do joelho).
- Hemodiálise
- Cirrose Hepática
.
- Hipovitaminose 
- Anemia

Muito se comenta sobre depleção de potássio como causa de câimbras. Na verdade, a hipocalemia (baixos níveis sanguíneos de potássio) pode até causar contrações involuntárias, mas seu principal sintoma é fraqueza ou paralisia muscular. O cálcio e o magnésio são causas mais importantes e comuns de câimbras.

Algumas drogas podem ser a causa das câimbras:

- Diuréticos principalmente a furosemida 
- Donepezila 
- Neostigmina
- Raloxifeno 
- Remédios para hipertensão, principalmente a nifedipina
- Broncodilatadores para asma como Salbutamol.
- Remédios para colesterol como o clofibrato e lovastatina.

Em pessoas acima dos 60 anos, câimbras frequentes podem ser sinais de aterosclerose, que leva à diminuição da circulação sanguínea para determinado grupamento muscular por obstrução do fluxo por placas de colesterol 


Como evitar as câimbras?

Para se evitar a câimbra deve ser realizada uma boa sessão de alongamento antes e após exercícios, principalmente para sedentários. Também são importantes uma boa hidratação antes, durante e depois do esforço e evitar exercícios físicos em dias muito quentes.

Banana evita câimbras?

Essa história da banana é um pouco confusa. A fruta é rica em potássio, carboidratos (glicose) e água. Durante o esforço físico existe uma grande demanda dos músculos por energia (glicose). Depois de algum tempo de exercício o músculo depleta suas reservas de glicose e passa a utilizar outros meios para gerar energia. Uma das causas de câimbras é o acumulo de ácido láctico, que é o "lixo" metabólico após a geração de energia com baixa utilização de glicose. Uma boa hidratação ajuda a "lavar" esse excesso de ácido láctico da circulação e evita as câimbras.

Portanto, teoricamente a banana ajuda porque repõe os níveis de potássio, hidrata e fornece energia (glicose) para os músculos. Isso é verdade para câimbras induzidas por exercício. Porém, essa dica não funciona com muita gente. A resposta parece ser individual, mas como banana não faz mal a ninguém, não custa testar.

Alongamentos


* 7 regras para alongamentos:


7 regras para um bom alongamento
1) Cada um tem o seu limite e por isso não tente “forçar a barra”. A amplitude deve ir até sentir uma leve tensão na musculatura.
2) Quando chegar no limite não fique balançando tentando passar um pouco do limite. Isso sim, pode provocar pequenos danos ao músculo.
3) Dê um pouco mais atenção aos músculos que normalmente são mais encurtados. Na maioria das pessoas os posteriores da coxa.
4) Os alongamentos, pela lógica devem incluir os grupos musculares trabalhados na atividade principal.
5) Se o grupo for pequeno faça você mesmo os alongamentos. Ou seja alongamento passivo.
6) Procure alongar os grupos musculares opostos. Ou seja, se vai alongar a frente da coxa (quadríceps) não esqueça os de trás (posteriores de coxa).
7) Não transforme o alongamento em uma aula. Alongue naturalmente até que todos se sentam bem. Isso não passa de cinco a dez minutos.
Prof. Luiz C. Moraes

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Crioterapia


Talvez por ser tão simples e de tão fácil acesso, as pessoas muitas vezes não acreditam no poder terapêutico do gelo. 

A crioterapia, ou terapia com gelo, quando aplicada no corpo humano, desencadeia inúmeras respostas fisiológicas, que variam de acordo com a situação na qual está sendo usada. No esporte, os principais efeitos que buscamos são tanto sua ação antiinflamatória como sua ação analgésica, principalmente nas lesões agudas. 

Com a aplicação do gelo, os processos celulares se tornam mais lentos, tornando mais lento o ritmo das reações químicas nas células. Essa redução no metabolismo celular está relacionado com o efeito antiinflamatório do gelo. 

O frio produz também um alívio efetivo da dor, sendo este um recurso utilizado no tratamento de lesões agudas. Apesar de não ser conhecido o mecanismo preciso pelo qual a aplicação do frio reduz a intensidade da dor, acredita-se que este efeito ocorra pela redução e alteração dos estímulos de dor ao Sistema Nervoso Central.

Quanto mais rápido for aplicado o gelo após uma lesão, maior os benefícios deste para o atleta. Um outro fator importante é utilizar o gelo como um aliado na prevenção de lesões.

O período de aplicação deve ser de 15 a 20 minutos, e esta aliada à compressão tem um efeito potencializado, de acordo com estudos.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Método Klapp

Método Klapp

Rudolph Klapp, pediatra alemão, estudou os animais e observou que os quadrúpedes não apresentavam escoliose, então quis adotar essa posição nos humanos e pediu que todos andassem de "quatro". Observou também os desvios da coluna nos planos frontal e sagital e que na posição bípede os humanos podem apresentar escoliose pela ação da gravidade.
Os seus exercícios se baseiam no : treinamento e fortalecimento da musculatura do tronco na posição de "gatas" e joelhos. As extremidades, coxo-femurais e escápulo-umerais não são imobilizados (mobiliza para atuar na coluna) pelo Fisioterapeuta. São utilizados para amplos movimentos (a coluna fica fixa).

* Princípios básicos :

1) Relaxamento dentro da posição inicial;
2) Sucessão de fases : mobilização, alongamento, fortalecimento, correção (deslocamento dinâmico);
3) Movimento braço-mão precede, em geral, o deslocamento do joelho;
4) Limite do equilíbrio (dentro de uma posição/deslocamento possível);
5) Coxa de sustentação (mais próxima da vertical para manter a retroversão do quadril);
6) Ponta do pé (desliza sobre o chão);
7) Equilíbrio entre a tração cervical e retroversão;
8) Pequenos grupos;
9) Comando de voz (muito importante);
10) As cinturas voltam obrigatoriamente à horizontal.

* Fundamentos da técnica :

1) Movimentos em linha reta;
2) Material para proteger as articulações;
3) Roupas adequadas e que exponham melhor o corpo;
4) Intercalar exercício respiratório e relaxamento;
5) Posição inicial :
* Apoio sobre os joelhos e mãos
* Braços estendidos
* Dedos das mãos para frente
* Mãos apoiadas em distância biacromial
* Cabeça em extensão axial
* Ângulo reto entre coxa e perna
* Ponta dos pés em contato com o solo

* Contra-indicações :

- Limitação de movimento, hiperfrouxidão ligamentar, quadro álgico aumentado, cervicalgia aguda, etc.

* Exercícios :

1º) Engatinhar ou marcha em 4 apoios

- posição inicial : 4 apoios;
- deslocamento feito em marcha cruzada em avanço alternando mão e joelho do lado oposto;
- ao avançar, o joelho deverá estar inteiramente ao lado da mão;
- os joelhos deslizam sem deixar o chão;
- os cotovelos permanecem estendidos;
- a cabeça segue a movimentação lateral do tronco;
- olhar em direção ao joelho avançado;
- o braço impulsionado descreve um semi-círculo com a curva para fora razante ao chão;
- dedos voltados para frente.

2º) Deslizar

- posição inicial : 4 apoios;
- o tronco é inclinado em posição baixa;
- cotovelos estendidos para frente;
- mãos deslizam para frente sobre o solo ficando bem afastadas do tronco;
- as coxas permanecem verticais durante todo o movimento.

3º) Deslizar com movimento de cobra

- Idem "deslizar", só que no deslocamento a marcha é cruzada.

4º)Pulo do coelho

- Posição inicial : 4 apoios;
- Levantar o tronco até a vertical mantendo os braços elevados ficando de joelhos;
- Abaixar o tronco mantendo os cotovelos no mesmo plano e estendidos até tocar as mãos no chão;
- Pular para frente : os joelhos são trazidos para frente por u salto contraindo os músculos abdominais, indo para trás das mãos;
- Voltar à posição inicial com deslizamento simétrico ou não das mãos à frente.

5º) Virar o braço

- posição inicial : 4 apoios;
- com os braços alongados para frente sem apoio dos cotovelos;
- estender um dos braços levando-o para trás e para o alto (mantendo o cotovelo estendido), olhando para ele;
- abaixar o braço;
- olhar para frente;
- realizar o pulo.

6º) Arco grande

- posição inicial : 4 apoios;
- alongar o braço direito diagonal à frente (para a esquerda);
- o joelho esquerdo dá um passo à frente enquanto que o cotovelo esquerdo flete a 90º e fica ao lado do joelho esquerdo;
- estender a perna direita levando a ponta do pé direito para trás da perna esquerda;
- fazer a rotação externa da coxofemural direita;
- o tronco permanece bem inclinado;
- ombros em linha horizontal;
- cabeça erguida olha a mão esquerda;
- levar a mão esquerda para frente;
- a perna estendida (direita) dá um passo;
- o braço direito volta para direção do joelho direito.

7º) Engatinhar perto do chão ou marcha em 4 apoios baixos com mergulho e extensão

- posição inicial : 4 apoios com cotovelos fletidos à 90º, dedos das mãos para frente;
- cabeça erguida;
- "pular" para frente com as mãos;
- um dos joelhos faz um pequeno passo;
- cifose total do tronco que se desloca para trás;
- aproximação do nariz ao joelho avançado;
- estender progressivamente o tronco bem perto do chão.

8º) Grande curva

- posição inicial : 4 apoios;
- levar com um impulso para trás e cima o braço direito até a posição vertical;
- manter a palma da mão direita voltada para dentro;
- dar um passo à diante com o joelho esquerdo indo até a mão esquerda;
- neste momento, a mão esquerda fica apoiada sobre os dedos;
- a cabeça vira para mão que está no chão;
- fletir o cotovelo esquerdo;
- descer o braço direito para o lado esquerdo mantendo o cotovelo estendido;
- o braço direito volta para o lado direito numa meia volta sem levar junto o tronco.

9º) Marcha em 4 apoios com lançamento do braço à frente e extensão da perna

- posição inicial : 4 apoios;
- passo com o joelho esquerdo junto à mão esquerda;
- braço direito é estendido ao longo do tronco mantendo a palma da mão para fora;
- com um impulso, levar o braço direito para frente e estender simultaneamente a perna direita;
- a cabeça para a mão que está no chão.

10º) Andar de joelhos com extensão

- posição inicial : ajoelha com braços abertos horizontalmente;
- flexionar o tronco até a posição horizontal;
- um dos joelhos dá o passo;
- braços são lançados para frente ao longo da cabeça e do tronco;
- "mergulhar" o tronco ( a cabeça vai em direção ao joelho avançado) estendendo simultaneamente os braços;
- voltar a posição inicial.

Alongamentos

Alongamento

FLEXIBILIDADE
É a capacidade que as articulações detêm de terem uma amplitude de movimento (ADM) para as quais foram projetadas (todas as articulações têm um limite de amplitude).

ALONGAMENTO
É o conjunto de técnicas utilizadas para se manter ou para se aumentar a amplitude de movimentos.

BENEFÍCIOS

» Auxiliam no desenvolvimento da consciência corporal, melhorando a postura;
» Reduzem as tensões articulares provocadas por músculos muito encurtados, que na maioria das vezes são responsáveis por problemas articulares (principalmente em idosos ou indivíduos que se viciam em posições erradas no dia-a-dia );
» Aumento da eficiência mecânica por permitir a realização dos gestos desportivos em faixas aquém do limite máximo do movimento onde a resistência ao gesto é maior;
» Permite a realização de gestos e movimentos que sem esta seriam simplesmente impossíveis;
» Diminuição dos riscos de lesões e distensões, apesar de não confirmado experimentalmente, a prática nos tem demonstrado sua veracidade;
» Propicia condições para melhoria da agilidade, força e velocidade, reduzindo a deteorização física associada com a idade.

Objetivos
(Andrea Norm & Bates Hanson, 1998)

Restaurar a amplitude de movimento normal na articulação envolvida e a mobilidade das partes moles adjacentes à esta articulação;
Prevenir o encurtamento ou tensionamento irreversíveis de grupos musculares.
Facilitar o relaxamento muscular;
Aumentar a amplitude de movimento de uma área particular do corpo ou corporal de forma geral antes de iniciar os exercícios de fortalecimento;
Reduzir o risco de lesões músculo-tendinosas (tendinite).

Indicações do Alongamento
(Andrea Norm & Bates Hanson, 1998)

Quando a amplitude de movimento de uma articulação estiver limitada por contratura ou outra anormalidade das partes moles que levam ao encurtamento dos músculos, tecidos conjuntivos, ou tecidos epidermais;
Quando as limitações da movimentação da articulação causam deformidades esqueléticas evitáveis que podem influenciar na simetria corporal e postura;
Quando músculos tensos ou encurtamentos interferem na atividade de vida diária ou na atividade física;
Quando existe um desequilíbrio muscular, ou quando um músculo está fraco e o tecido oposto tenso. Estes músculos precisam ser alongados o suficiente para obter uma significativa amplitude de movimento antes que os exercícios de fortalecimento possam se tornar eficazes.

Reflexo de alongamento

Seus músculos estão protegidos por um mecanismo denominado reflexo de alongamento. Toda vez que você estirar excessivamente as fibras musculares (seja por balanceios ou por excesso de alongamento) há a resposta do reflexo neuronal, que envia um sinal para os músculos se contraírem, o que impede que os músculos sejam lesionados. Portanto, quando você faz um alongamento desmesurado está contraindo os mesmos músculos que está querendo alongar! (Acontece uma reação muscular involuntária semelhante quando se toca algo quente, por acidente; antes de se pensar a respeito, o corpo move-se rapidamente para longe do calor.)

Manter um alongamento no ponto mais extremo que se consegue, ou fazer balanceios para cima e para baixo, extenua os músculos e ativa o reflexo de alongamento. Estes métodos prejudiciais causam dor além de lesões físicas, devidas ao dilaceramento microscópico de fibras musculares. Estas fibras dilaceradas vão formando cicatrizes nos tecidos musculares, havendo assim uma perda gradual da elasticidade. Os músculos tornam-se enrijecidos e doloridos. Como é que se pode ficar entusiasmado para fazer alongamentos e exercícios diários, quando são usados estes métodos potencialmente prejudiciais?

Muitos de nós somos condicionados nas escolas à idéia de que o merecimento vem com a dor. Aprendemos a associar dor com progresso físico e nos ensinaram que "... quanto mais dói, mais vale a pena". Mas não se enganem. Fazer alongamentos da forma correta não causa dor. Aprenda a dar atenção a seu corpo, pois a dor é uma indicação de que alguma coisa está errada.

Os alongamentos suave e progressivo, descritos anteriormente, não ativam o reflexo de alongamento e não provocam dor.

O diagrama a seguir lhe dará uma idéia de um "bom alongamento".

ALONGAMENTOS

Alongamento suave

Alongamento progressivo

Alongamento drástico

sustente de 20 a 30 segundos

sustente por 30 ou mais segundos

não faça alongamentos do tipo drástico

O diagrama de linha contínua representa o alongamento possível aos músculos e a seu tecido conjuntivo. Você irá descobrir que sua flexibilidade irá aumentar naturalmente quando você fizer alongamentos suaves primeiro e depois progressivos. Fazendo alongamentos regulares e sentindo-se confortável e sem dor, você será capaz de ir além de seus limites atuais, aproximando-se ainda mais de seu potencial particular.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Como utilizar corretamente as mochilas escolares



A fisioterapia tem importante papel no meio escolar, pois estudantes desenvolvem maus hábitos e alterações posturais que, a longo prazo, podem gerar restrição funcional.

A postura é uma posição ou atitude do corpo para uma atividade específica, ou para sustentá-lo. A boa postura refere-se àquela que a pessoa mantém com esforço muscular mínimo, estabelecendo uma maneira individual de sustentação do corpo, orientada em função da linha de gravidade. Em contrapartida, a má postura aumenta o estresse sobre elementos corporais, e o distribui para estruturas menos capazes de suportá-lo, provocando mudança no centro de gravidade e, em conseqüência, alterações posturais e dor.

Os problemas posturais comumente aparecem com o crescimento, em decorrência dos comportamentos de risco adotados para a coluna vertebral, como a utilização indevida das mochilas e a má postura ao sentar. A escoliose, por exemplo, é uma condição que atinge mais de 20% da população infantil, instalada por uma causa inicial associada ao estirão de crescimento; contudo, em 75% dos casos, poderia ser evitada pela educação postural iniciada precocemente.

Os maus hábitos posturais constituem problema de saúde coletiva, atingindo estudantes de ambos os sexos em diferentes idades, acabando por instigar fisioterapeutas e demais profissionais da saúde a propor programas educativos para a busca de hábitos posturais saudáveis, bem como prevenir futuras complicações.

Existe uma preocupação crescente por parte dos pediatras, fisioterapeutas e principalmente dos pais com relação ao aumento no número de crianças em idade escolar com queixas de dores na coluna vertebral, no pescoço e nos ombros. Estes sintomas têm sido atribuídos ao fato de se carregar peso demais nas mochilas, além do desconhecimento das orientações básicas quanto ao uso correto das mochilas. Por isso é muito importante que os pais prestem atenção deste artefato para seus filhos. O que pode parecer um recurso estético ou um acessório da moda, pode causar sérios problemas à integridade músculo esquelética de seu filho.


Algumas Regras Básicas

Pois bem, não é só o peso que pode trazer problemas posturais. Alguns estudantes ajustam a mochila muito baixo, na altura dos glúteos, outros as carregam só de um lado, isso sem contar aqueles que carregam peso demais (considerando o seu tamanho e força). Então vamos analisar um por um os erros mais comuns.


Não carregue a mochila de lado, apoiada em apenas um dos ombros
Carregar a mochila só de um lado faz com que boa parte do peso do corpo e da mochila sejam transferidos para um só lado do corpo. Quando se carrega uma mochila pesada sobre apenas um dos ombro, a criança tende a inclinar o corpo para o outro lado na tentativa de compensar o peso extra.
Os músculos do lado que carrega o peso podem vir a desenvolver espasmos. Além disso, o ombro também sofre pois precisa suportar sozinho a pressão para baixo aplicada pela alça da mochila. Esta sobrecarga assimétrica também tem efeitos sobre o quadril joelho e tornozelos do lado em que está a mochila.
Na figura abaixo, pode-se ver o desvio na coluna e a sobrecarga sobre o ombro e o quadril que acontece quando se carrega uma mochila sobre apenas um dos lados.


Atenção às alças da mochila.
As moc
hilas possuem um sistema
de ajuste do tamanho das alças. Estas devem obviamente ser simétricas (com o mesmo comprimento) e reguladas de forma que a base da mochila fique na linha da cintura, ou pouco abaixo dela. Alças muito frouxas fazem com que a mochila seja carregada muito baixa, na altura dos glúteos, o que favorece uma postura inclinada para frente, como na figura abaixo.
Fonte: http://onsitewellnesscheck.com/page5/page5.html

Além disso, ao escolher uma mochila, dê preferência aquelas com alças largas e acolchoadas, pois distribuem o peso da mochila por uma área maior dos ombros, o que além de torná-las mais confortáveis também minimiza uma eventual sobrecarga sobre os ombros.

É importante lembrar qu o fato de se inclinar para a frente carregando uma mochila pesada, faz com que a criança "enrole os ombros para a frente".

Alças na altura do peito e abdômen são bastante úteis também, mas não são comuns em mochilas infantis... mas pra ser sincero, são pouco práticas para o dia a dia, eu mesmo uso uma mochila que tem estas alças, mas só as usei uma vez, quando resolvi fazer uma caminhada e precisei carregar mantimentos.

Mochila pesada
Este é o cuidado mais famoso e que todo mundo lembra (justamente por isso deixei este item por último). Especialistas recomendam que uma criança não deve carregar mais do que 10% do peso corporal em uma mochila. Isso me parece razoável. Para muitas crianças ir pra escola já é um saco. Imagine ainda ter de carregar a casa nas costas, ou você acha que a menina da foto abaixo parece feliz em ir pra escola?

RESUMO DA ÓPERA
Todo mundo sabe que carregar uma mochila pesada é péssimo para a postura, se considerarmos crianças em fase de crescimento, a coisa fica mais dramática ainda.
Pra finalizar deixo uma imagem modificada do site da Associação de Fisioterapia Norte Americana, com o certo e o errado em relação as mochilas escolares.


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Evolução humana


Problemas na coluna vertebral ao que parece é o preço pago pelo homem, por ter deixado a condição de quadrúpede para tornar - se bípede. Surgia então, o Homo erectus, há mais de cinco milhões de anos.

A postura ereta exige da coluna vertebral um esforço de sustentação tão grande que, associado às posições incorretas do cotidiano, podem deixar as vértebras sobrecarregadas. A dor nas costas aflige cerca de 80% da população mundial. No Brasil, ela é a maior causa de afastamento do trabalho, perdendo somente para o alcoolismo. Isto pode significar que, o ser humano ainda não se adaptou totalmente a bipedestação. O melhor tratamento parece ser mesmo a prevenção.



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ausculta Pulmonar

Pesquisando na internet me deparei com o blog de um colega de profissão que fazia menção a um site que oportuniza ouvir a ausculta pulmonar e alguns ruídos adventícios. Achei muito interessante, até porque na época em que estava na universidade uma professora nos disponibilizou algo parecido e foi muito proveitos. Por isso vou compartilhar com vocês.
Bom proveito, para acessar o programa clique aqui.

A ausculta pulmonar é nada mais nada menos que, com o auxilio de um estetoscópio ouvir os sons produzidos pela respiração, ou seja pela passagem do ar pela traqueia e vias aérea inferiores.

Pontos da ausculta pulmonar.


Murmúrio Vesicular: sons normais
Ruídos Adventícios: sons anormais

Secos
1. Cornagem, estridor;
2. Roncos: secreção
3. Sibilos: semelhantes a ruídos musicais ou sussurrantes.

Úmidos
1. Estertores Crepitantes: associado a líquido presente em vias de pequeno calibre ou ate mesmo intra-alveolar (ex: esfrega-se uma mecha de cabelos contra os dedos)
2. Estertores Subcrepitantes: Vias de médio calibre

Traqueal
Audível sobre a traqueia, é um ruído intenso.

Brônquico
Som traqueal audível na zona de projeção de brônquios de maior calibre – face anterior do tórax, próximo ao esterno.

Vesicular ou murmúrio vesicular
É produzido pela turbulência do ar ao chocar-se contra saliências das bifurcações brônquicas.

Roncos
Vibrações das paredes brônquicas e conteúdo gasoso. Sons graves de baixa freqüência, contínuos, escutados nas vias aéreas maiores.

Sibilos
Vibrações das paredes bronquiolares e conteúdo gasoso.Sons agudos
Ex: bronquite, crises asmáticas.

Estridor
Som produzido pela semi-obstrução da laringe ou traqueia.

Estertores finos ou Crepitantes
- auscultado no final da fase inspiratória
- não se alteram com a tosse
Ex: pneumonia, edema agudo (fase inicial).
Ruído semelhante: friccionar feixe de cabelos destruição de folhas secas

Subcrepitantes ou bolhosos

- auscultado no início da inspiração e toda expiração
- alteram-se pela tosse.
Ex: bronquites, bronquiectasias.